Uma das doenças mais alarmantes no país, que traz muita insegurança e vulnerabilidade aos animais e aos tutores é a Leishmaniose canina, provocada pelo parasita Leishmania chagasi, transmitido pelo mosquito Palha (ou Birigui, em algumas regiões do país) – que é encontrado em lugares úmidos, escuros, onde há muitas plantas.
A pele é um importante sinalizador da doença, que, através de lesões e sinais clínicos, pode-se descobrir a doença. Outros sinais sistêmicos também podem ser encontrados como insuficiência renal crônica e levar o animal à morte.
A leishmaniose é uma zoonose (afeta também humanos), precisa ser diagnosticada e tratada o quanto antes.
Mas, embora os seres humanos também possam ser acometidos pela doença, o contágio não se dá no trato com o cão contaminado. A proliferação da Leishmaniose canina ocorre apenas por meio da picada do mosquito.
Quais os sintomas da Leishmaniose canina?
Os sintomas da Leishmaniose canina são muitos e variados. Entre eles estão: falta de apetite, perda de peso, feridas que não cicatrizam, seborreia, anemia, diarreias, conjuntivites, hemorragia nasal e crescimento rápido das unhas.
Principalmente na pele, a doença causa imunossupressão do sistema imunológico, portanto o paciente pode apresentar muitas infecções de pele recorrentes e mau cheiro.
É preciso ficar muito atento à saúde do bichinho e, ao menor sinal da doença, levá-lo ao Médico Veterinário para exames e um diagnóstico preciso.
Como é o tratamento da doença?
Infelizmente, não há cura completa para a Leishmaniose canina. No entanto, com os cuidados adequados pode-se conseguir a remissão dos sinais clínicos da doença, embora o animal ainda seja portador do parasita.
Em 2016 foi aprovado o uso do medicamento milteforan, representando maior segurança para os donos dos cães.
Como evitar a Leishmaniose canina?
Existe a vacina contra a Leishmaniose, que tem uma cobertura bastante eficiente, de mais de 90%, e pode impedir o ciclo epidemiológico, evitando que o animal se torne transmissor. Além disso, é indicado o uso de coleiras repelentes, bem como repelentes para a pele, à base de citronela.
Para a realização da vacina,o paciente deve passar por consulta médico veterinária para realizar exames que comprovem que o paciente possui sorologia negativa para a doença. Após a comprovação se inicia o protocolo vacinal (3 doses com intervalo de 21 dias).
É importante ressaltar que durante o protocolo vacinal o animal deve receber cuidados para evitar a sua contaminação/infecção, pois a efetividade da vacina ocorre somente após o término do protocolo. Também o uso de algumas medicações devem ser evitadas durante esse período pois podem inativar a vacina.
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Abraços.
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